Em função da maioria da população viver aglomerada nos grandes centros urbanos, os grupos sociais se aproximam geograficamente através de uma cultura de massa ditada pelos meios de comunicação.

Não é por outro motivo que as massas, sejam da América, Europa ou Ásia, apreciam e produzem a mesma arte, vestem as mesmas roupas, gostam das mesmas comidas. Não é por razão diversa que os estilos, as maneiras, as tradições, enfim, a cultura de cada povo vem dando lugar, em larga medida, a uma cultura universal.

Exatamente por não partir diretamente dos povos, mas ser sempre uma imposição de cima para baixo, a cultura de massa se mostra indiferente e imune às profundas diferenças existentes, por exemplo, entre japoneses e italianos, ou entre norte-americanos e árabes: todos consomem o mesmo hambúrguer e tomam coca-cola.

Portanto, a cultura de massa é fabricada pela ideologia que se apresenta como sendo a própria cultura. Porém, a cultura de um povo jamais poderá ser a cultura de massa, já que a construção da cultura popular se dá pela experiência histórica de um povo, que mediante sua própria história constrói sua identidade.

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